Colocar cebola no quarto do bebê ajuda na respiração? Saiba o que a ciência diz

Escrito por Yasmin Caroline.

Em 30 de outubro de 2025 às 21h42 - Atualizado em 05 de novembro de 2025 às 20h06

Descubra se essa dica caseira é inofensiva ou perigosa para a saúde do bebê.

Nesse artigo você encontra:

Colocar cebola no quarto do bebê é uma das dicas caseiras conhecidas antes mesmo das dicas virais da internet. A promessa é simples: aliviar a tosse, melhorar a respiração e até ajudar o bebê a dormir melhor. Mas será que isso realmente funciona ou é só mais um mito popular?

Embora o uso da cebola como “remédio natural” seja antigo, especialistas alertam que não existem evidências científicas de que o vegetal tenha efeitos efetivos na saúde da criança quando deixado no ambiente. Pelo contrário: o cheiro forte pode causar desconforto e irritar as vias respiratórias dos pequenos. 

Neste artigo, você vai entender de onde surgiu a ideia de colocar cebola no quarto do bebê, o que a ciência já descobriu sobre o assunto, quais são os riscos dessa prática e quais alternativas seguras realmente ajudam a melhorar o sono e a respiração do bebê.

O que dizem os estudos sobre cebola no quarto do bebê

A ideia de usar cebola no quarto — ou especificamente “cebola no quarto do bebê” — vem da crença popular de que o vegetal libera compostos que melhoram a respiração, absorvem bactérias ou até limpam o ar. No entanto:

  • Não há evidência científica confiável de que a cebola cortada no quarto reduza tosse, gripe ou congestão.

  • Especialistas em pneumologia apontam que os compostos da cebola não são libertados em quantidade suficiente para ter efeito terapêutico no ambiente.

  • Em alguns casos, usar apenas essa prática pode atrasar o tratamento de problemas respiratórios reais.

  • Existe ainda o risco de reações respiratórias em bebês ou crianças sensíveis a cheiros ou com asma se expostos a odores fortes, como o da cebola cortada.

Em resumo: apesar de ser uma dica antiga ou amplamente divulgada, a prática de deixar “cebola no quarto do bebê” carece de respaldo científico sólido e não deve ser vista como substituto de cuidados médicos ou de boas práticas de ambiente.

Possíveis riscos do uso da cebola no quarto do bebê

Quando você considerar a ideia de deixar a cebola no quarto do bebê para tratar ou até aliviar problemas de saúde, vale observar os seguintes aspectos:

  • Cheiro forte e desconforto: O odor da cebola pode causar irritação nasal, lacrimejamento ou desconforto respiratório, principalmente em bebês com vias aéreas mais sensíveis.

  • Falsa sensação de proteção: Pais podem se sentir tranquilos demais por ter adotado essa prática, e negligenciar sinais de alerta como tosse, febre ou congestão que pedem avaliação médica.

  • Alergias ou sensibilidade: Bebês com alergia ou sensibilidade à cebola ou aos compostos sulfurados presentes nela podem apresentar maior risco de irritações.

  • Higiene e segurança do ambiente: Deixar alimentos abertos no quarto pode atrair insetos, produzir mofo ou gerar umidade, o que não é ideal para o ambiente de sono do bebê.

Portanto, mesmo que a cebola não cause danos graves na maioria dos casos, colocar cebola no quarto do bebê não é uma prática com respaldo científico.

A ideia de que “funcionou aqui em casa” não deve substituir orientações baseadas em evidências.
Cada bebê reage de uma forma, e o ideal é sempre buscar a avaliação de um especialista antes de adotar qualquer método caseiro.

Quarto de bebê bem ventilado, com luz natural entrando pela janela. Foto: @Freepik, disponível em freepik.com

O que realmente ajuda mais do que a cebola

Se o objetivo for manter o quarto do bebê saudável e propício ao sono, as práticas respaldadas são:

  • Garantir ventilação e luz solar moderada regularmente no quarto para evitar acúmulo de mofo ou umidade.

  • Manter a temperatura e umidade ideais: evitar calor extremo, corrente de ar direto ou ambientes muito secos, que podem agredir as vias respiratórias.

  • Limpeza frequente de superfícies, retirada de pó, alérgenos e brinquedos que acumulam partículas.

  • Em caso de sintomas de alergia, tosse ou congestão persistente: consultar um pediatra ou otorrinolaringologista para avaliar vias aéreas do bebê.

  • Usar umidificador de ar ou nebulização suave (sob orientação médica) se o ambiente estiver muito seco ou seco por climatização.

Conclusão

A prática de colocar uma cebola no quarto do bebê pode parecer inofensiva e “antiga dica de avó”, mas não há comprovação científica de que ela alivie tosse ou melhore substancialmente a respiração ou o sono do bebê.

Nessas situações, o maior é confiar nessa prática em vez de buscar orientação médica ou cuidar de outros aspectos do ambiente.

Se você decidir usar, faça de modo consciente e continue priorizando as estratégias seguras e comprovadas para o ambiente e saúde do seu bebê. Em caso de sintomas respiratórios ou alergias, a cebola não substitui acompanhamento profissional.

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