Simpatia para cólica de bebê: conheça as mais famosas e veja o que realmente faz diferença
Escrito por Yasmin Caroline.
Em 24 de setembro de 2025 às 20h37 - Atualizado em 25 de setembro de 2025 às 08h34
Descubra quais simpatias fazem parte da tradição popular e conheça também cuidados simples que podem aliviar a cólica do bebê.
Não é exagero dizer que a cólica é uma das maiores queixas das famílias nos primeiros meses do bebê. O choro constante, a dificuldade para consolar e a sensação de impotência dos pais podem transformar as noites em verdadeiros maratonas de cansaço.
Nessas horas, muitas mães e avós recorrem às simpatias, que há gerações são vistas como forma de proteção e alívio.
Essas tradições fazem parte da cultura popular e não têm comprovação científica, mas carregam uma função simbólica muito forte: acalmar quem cuida e criar um ritual de afeto.
Por que os bebês têm cólicas?
As cólicas são resultado do desenvolvimento natural do sistema digestivo do bebê. Nos primeiros meses de vida, o intestino ainda é imaturo e aprende, aos poucos, a digerir o leite. Isso pode provocar gases, movimentos intestinais descoordenados e dor.
Além disso, fatores emocionais também podem influenciar. O bebê percebe a tensão ao redor, e o choro pode se intensificar quando a mãe ou o pai estão muito ansiosos.
Por isso, a cólica não deve ser vista como doença, mas como uma fase que costuma melhorar entre os 3 e 4 meses de vida.
Como saber que o choro é de cólica?
Nem sempre é fácil diferenciar o choro de cólica de outros desconfortos, como fome, frio ou sono. Mas alguns sinais ajudam:
Horário: o choro costuma aparecer no final da tarde ou à noite, quase sempre no mesmo período do dia.
Intensidade: é um choro forte, inconsolável, que pode durar horas.
Corpo do bebê: ele encolhe as perninhas em direção à barriga, se contorce ou fica com o rosto avermelhado.
Barriguinha: pode ficar dura, com gases ou distensão abdominal.
Inconsolável: mesmo com colo, mamada ou troca de fralda, o bebê continua chorando.
Simpatias populares contra cólica de bebê
As simpatias fazem parte da tradição popular e, embora não tenham respaldo científico, são ainda muito usadas. O importante é lembrar: elas não substituem os cuidados médicos.
1. Fitinha vermelha no punho
O que utilizar: uma fita de cetim vermelha.
Como fazer: amarre no punho esquerdo do bebê, com um nó simples e frouxo, apenas para simbolizar proteção.
Significado: acredita-se que o vermelho “espanta o mau-olhado” e afasta energias negativas que poderiam causar o incômodo.
2. Roupa do avesso
O que utilizar: uma peça de roupa do bebê, como body ou macacão.
Como fazer: vista o bebê com a roupinha virada do avesso, sem apertar ou causar desconforto.
Significado: diz-se que confunde as más energias, criando uma barreira de proteção contra influências externas.
3. Tesoura embaixo do travesseiro
O que utilizar: uma tesourinha limpa e fechada.
Como fazer: coloque embaixo do travesseiro ou colchão do bebê, longe do alcance dele.
Significado: o corte da tesoura simboliza a quebra do mal-estar e a proteção contra energias ruins.
4. Óleo ou azeite morno na barriguinha
O que utilizar: azeite de oliva ou óleo vegetal, levemente aquecido.
Como fazer: aplique algumas gotas na palma da mão e massageie a barriga do bebê em movimentos circulares, no sentido horário.
Significado: além da crença, o toque suave e o calor realmente ajudam a aliviar gases e relaxar o abdômen.
5. Rezar ou cantar baixinho
O que utilizar: apenas a voz e a intenção.
Como fazer: cante uma canção de ninar, faça uma oração ou entoe palavras de carinho enquanto embala o bebê.
Significado: transmite calma, segurança e cria um vínculo afetivo, reduzindo a tensão tanto do bebê quanto dos pais.
Por que as simpatias sobrevivem ao tempo?
As simpatias atravessaram gerações porque funcionam como um ritual de cuidado. Mesmo que não tenham base científica, elas ajudam a acalmar as famílias, trazem sensação de proteção e transformam momentos de desespero em instantes de acolhimento.
O simples fato de acreditar já reduz a ansiedade dos pais — e essa tranquilidade é percebida pelo bebê, que tende a relaxar mais facilmente.
O que recomendam os pediatras?
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a cólica é uma condição benigna e passageira. O mais indicado é adotar medidas simples:
- Massagens na barriga com movimentos circulares.
- Movimentos de “bicicleta” com as pernas do bebê para eliminar gases.
- Banho morno, que ajuda a relaxar.
- Reduzir estímulos no ambiente, deixando o espaço mais tranquilo.
- Acolher o bebê no colo, transmitindo segurança.
A SBP também alerta que não é recomendado oferecer chás, medicamentos ou receitas caseiras sem orientação médica.
Conclusão
As simpatias para cólica de bebê podem não ter explicação científica, mas carregam muito significado cultural e emocional. Elas representam cuidado, fé e amor, além de ajudarem a reduzir a ansiedade da família em momentos de dificuldade.
O ideal é equilibrar tradição e ciência: manter as simpatias como um gesto de carinho, mas sempre adotar as orientações médicas para garantir o bem-estar do bebê. Assim, a fase das cólicas passa com mais leveza, e o vínculo entre pais e filhos se fortalece.