Agosto Dourado 2025: Quem Amamenta Pode Tomar Creatina?

Neste Agosto Dourado de 2025, preparamos para você um conteúdo sobre amamentação que trata um assunto que traz muitas dúvidas para as mães: o que pode ou não consumir, especialmente quando se trata de suplementos. 

A creatina, bastante usada por quem pratica atividade física, é uma dessas substâncias que gera questionamentos. Afinal, ela afeta o bebê? Pode passar para o leite? É mesmo necessária?

A resposta curta é: em alguns casos, quem amamenta pode tomar creatina, mas a suplementação precisa ser feita com avaliação profissional individualizada. 

Isso porque o corpo de uma mãe em fase de lactação tem necessidades específicas — e nem sempre o que funciona para outros adultos é seguro nesse período.

A creatina é uma substância naturalmente produzida pelo nosso organismo e também presente em alimentos como carnes vermelhas e peixes. Sua principal função é ajudar na produção de energia rápida durante esforços físicos. 

Por isso, é comum entre atletas, praticantes de musculação e pessoas que buscam melhorar o desempenho nos treinos.

Além disso, a creatina também pode ajudar na recuperação muscular e na redução da fadiga, o que atrai muitas mães que estão retomando suas rotinas de autocuidado e atividade física.

A creatina afeta o leite materno?

Sim, em pequenas quantidades, a creatina pode passar para o leite. No entanto, ainda não existem estudos suficientes que analisem os efeitos da creatina no organismo de bebês lactentes. A pediatra Dra. Renata Giacometti explica que, por isso, é preciso ter cautela.

“A creatina é considerada segura para a maioria dos adultos, mas o metabolismo dos bebês é diferente. Toda suplementação durante a amamentação precisa ser bem avaliada”, orienta a especialista.

Em que casos a creatina pode ser considerada?

Embora não seja essencial para todas as lactantes, a creatina pode ser indicada em algumas situações específicas:

1. Retorno à prática de exercícios físicos intensos;
   
   
2. Cansaço extremo e baixa energia, especialmente em mães com demanda física e emocional elevada;
   
   
3. Alimentação vegetariana ou vegana, com baixa ingestão de creatina natural;
   
   
4. Quadros clínicos avaliados por nutricionista ou médico, em que há deficiência ou recomendação de suporte energético

Em todos esses casos, a suplementação deve ser iniciada apenas com recomendação de um profissional e com acompanhamento periódico.

A creatina é o único suplemento que exige atenção?

É bom estar atento, pois não é só a creatina que exige atenção. Durante a amamentação, diversos suplementos comuns precisam ser avaliados com cuidado:

Cafeína: Presente em pré-treinos e termogênicos, a cafeína em excesso pode causar agitação, irritabilidade e dificuldade de sono no bebê. O ideal é limitar o consumo e evitar produtos com doses elevadas.

Termogênicos: Muitos termogênicos contêm estimulantes e substâncias não recomendadas durante a amamentação. Devem ser evitados, salvo orientação médica específica.

Whey protein: Em geral, o whey protein é seguro, desde que a mãe não tenha alergia à proteína do leite. Mas o ideal é avaliar se há realmente necessidade de suplemento proteico ou se a dieta já é suficiente.

Ômega 3: Pode ser benéfico, especialmente para o desenvolvimento neurológico do bebê. No entanto, é preciso garantir que o suplemento seja purificado e livre de metais pesados, como o mercúrio.

Multivitamínicos: Podem ser indicados em casos de carência nutricional. A suplementação com ferro, ácido fólico, cálcio e vitamina D, por exemplo, é comum — mas deve ser sempre orientada por um profissional de saúde.

Dicas para usar suplementos com segurança durante a amamentação

• Nunca use por conta própria: Mesmo suplementos vendidos livremente podem ter efeitos colaterais.
  
  
• Informe sempre seu pediatra: Antes de iniciar qualquer suplementação, avise o médico do seu bebê.
  
  
• Evite fórmulas com ingredientes desconhecidos: Muitos suplementos têm compostos não recomendados para lactantes.
  
  
• Prefira marcas confiáveis e certificadas: Suplementos devem ter qualidade garantida e procedência conhecida.
  
  
• Hidrate-se bem: Muitos suplementos exigem maior ingestão de água, algo fundamental durante a amamentação.

Conclusão

Quem amamenta pode, sim, tomar creatina — desde que com cautela, orientação profissional e avaliação da real necessidade. O mesmo vale para outros suplementos: a segurança do bebê e o bem-estar da mãe devem caminhar juntos.

Antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, converse com o pediatra e, se possível, com um nutricionista. Só assim você terá a tranquilidade de estar cuidando de si mesma sem comprometer a saúde do seu bebê.

Um abraço acolhedor da equipe Genuína Conexão! ❤️