O que não pode comer no resguardo de cesárea: guia para uma recuperação saudável

Em 29 de junho de 2025 às 19h11 - Atualizado em 29 de junho de 2025 às 19h13

Alimentos que devem ser evitados no pós-operatório e orientações para uma recuperação mais segura

O período de resguardo após uma cesárea é uma fase delicada que exige cuidados especiais para garantir a cicatrização adequada e o bem-estar da mãe. 

A alimentação é uma peça chave nesse processo, pois influencia diretamente a recuperação do corpo e da incisão cirúrgica.

Segundo a pediatra Dra. Renata Giacometti, especialista em saúde materno-infantil, "a alimentação correta no pós-parto, especialmente após cesárea, contribui para a cicatrização, o controle da inflamação e o fortalecimento da imunidade da mãe. Evitar certos alimentos ajuda a prevenir desconfortos comuns, como gases e prisão de ventre, que podem dificultar a recuperação."

Por que prestar atenção na alimentação?

Após a cesárea, o corpo da mulher está em recuperação. É preciso fornecer nutrientes que auxiliem na regeneração dos tecidos, no controle da inflamação e no fortalecimento do sistema imunológico. 

Além disso, uma dieta inadequada pode causar gases, inchaço e constipação — problemas comuns e muito incômodos no pós-parto.

Mãe cansada tomando café enquanto amamenta. Foto: @Freepik, disponível em freepik.com.

Alimentos que você deve evitar no resguardo de cesárea

Embora as orientações possam variar conforme cada caso, o consenso dos especialistas aponta alguns grupos de alimentos que são melhor evitar nessa fase, para garantir conforto e uma recuperação sem contratempos. São eles:

  • Alimentos gordurosos e frituras: esses alimentos dificultam a digestão e podem causar gases e desconforto abdominal, além de não ajudarem na cicatrização.

  • Alimentos muito processados e industrializados: como embutidos, fast food e produtos com excesso de sódio, que podem aumentar o inchaço e prejudicar o equilíbrio da flora intestinal.

  • Bebidas gaseificadas e refrigerantes: aumentam a formação de gases e podem causar mal-estar.

  • Alimentos que causam gases: feijão, repolho, brócolis, couve-flor e outros vegetais crucíferos devem ser consumidos com moderação, pois podem gerar desconforto abdominal.

  • Doces em excesso: o açúcar em alta quantidade pode causar inflamação e prejudicar a cicatrização.

  • Cafeína: o consumo excessivo pode interferir no sono e na amamentação, além de potencialmente aumentar a ansiedade e o estresse.


Dra. Renata Giacometti reforça: "Evitar esses alimentos não é apenas uma questão de conforto, mas uma estratégia para promover uma recuperação mais rápida e saudável. Uma boa alimentação ajuda a mãe a ter mais disposição e a cuidar melhor do bebê."


Mãe tomando chá enquanto amamenta. Foto: @Freepik, disponível em freepik.com.

Cuidados essenciais além da alimentação

Além da dieta, o resguardo de cesárea envolve cuidados importantes que ajudam a proteger a incisão cirúrgica e prevenir complicações. Entre os principais cuidados estão:

  • Repouso relativo: evite esforços físicos, principalmente carregar peso e tarefas domésticas pesadas, mas mantenha uma movimentação leve para favorecer a circulação.

  • Evitar o uso da cinta pós-parto: a cinta pode impedir a contração natural dos músculos abdominais e atrasar a recuperação, segundo a Dra. Renata. "Muitas mulheres acreditam que a cinta ajuda, mas na verdade ela pode atrapalhar o processo de fortalecimento muscular e causar atrofia," explica.

  • Higiene adequada da incisão: manter o local limpo e seco para evitar infecções.

  • Atenção aos sinais do corpo: qualquer dor intensa, febre ou secreção anormal deve ser comunicada ao médico imediatamente.

A importância da hidratação no resguardo pós-cesárea

Além de cuidar da alimentação, a hidratação adequada é um dos pilares fundamentais para a recuperação da mãe no resguardo pós-cesárea. 

Segundo a pediatra Dra. Renata Giacometti, “beber bastante água não apenas ajuda na cicatrização da incisão cirúrgica, mas também é essencial para a produção do leite materno e para o bom funcionamento do organismo da mãe.”

Após a cirurgia, o corpo precisa eliminar toxinas e manter o equilíbrio hídrico para garantir uma recuperação mais rápida e confortável. 

A falta de hidratação pode levar a problemas como prisão de ventre, que é comum nesse período e pode causar desconforto intenso, além de dificultar a recuperação abdominal.

A recomendação é que a mãe ingira pelo menos 2 a 3 litros de água por dia, adaptando o volume conforme orientação médica e seu próprio ritmo. 

Para quem amamenta, esse cuidado é ainda mais importante, já que o leite materno é composto em grande parte por água.

Outro ponto destacado pela Dra. Renata é que a hidratação adequada pode ajudar a reduzir a retenção de líquidos, que pode causar inchaço nas pernas e pés no pós-parto. 

“Pequenos cuidados, como consumir chás indicados e evitar bebidas com cafeína em excesso, fazem diferença para o bem-estar da mãe,” completa a especialista.

Por fim, manter uma garrafinha de água sempre por perto é uma prática simples que ajuda a lembrar de beber água ao longo do dia, especialmente quando a rotina está intensa com os cuidados do recém-nascido.

A importância do apoio emocional e acompanhamento médico

A recuperação pós-cesárea não é só física, é também emocional. É comum que as mães sintam ansiedade, cansaço e até medo. Por isso, buscar apoio da família e conversar com profissionais de saúde é fundamental.

"Ter um suporte emocional e seguir as orientações médicas ajuda a passar por esse momento com mais tranquilidade," destaca Dra. Renata Giacometti.

Conclusão

Saber o que não pode comer no resguardo de cesárea é um passo fundamental para garantir uma recuperação tranquila, sem complicações e com menos desconfortos. Evitar alimentos gordurosos, processados, que causam gases ou excesso de açúcar ajuda o corpo a cicatrizar melhor e a mãe a se sentir mais disposta.

Além da alimentação, o repouso adequado, o cuidado com a incisão e o acompanhamento médico são indispensáveis para um pós-parto saudável. Lembre-se: cada corpo tem seu tempo, e respeitar esse ritmo é um gesto de amor consigo mesma e com o bebê.

Se precisar, não hesite em buscar ajuda e tirar dúvidas com seu médico ou especialista. A recuperação é uma jornada que merece toda atenção e carinho.

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