Cordão Umbilical Enrolado no Pescoço do Bebê: O Que Você Precisa Saber

Ícone time de especialistas da Genuína Conexão Revisão de especialista por , osteopata pediátrico.

Escrito por Yasmin Caroline.

Em 14 de agosto de 2025 às 23h43

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Dr. José Eduardo explica os riscos, cuidados e mitos sobre o cordão umbilical enrolado no pescoço durante a gestação

O cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê, conhecido como circular de cordão, é uma situação que costuma gerar apreensão em muitas gestantes. 

Apesar do nome assustar, essa ocorrência é relativamente comum e, na maioria das vezes, não traz riscos significativos ao bebê. 

Para esclarecer mitos e trazer informações seguras, o Dr. José Eduardo, osteopata pediátrico, explica como essa condição acontece, quando pode ser preocupante e quais cuidados são indicados.

O que é o cordão umbilical enrolado no pescoço?

Durante a gestação, o bebê se movimenta bastante no útero, e isso pode fazer com que o cordão umbilical se enrosque em partes do corpo, inclusive no pescoço. 

O cordão é protegido pela geleia de Wharton, uma substância gelatinosa que evita a compressão dos vasos sanguíneos e garante o fluxo de oxigênio e nutrientes da mãe para o bebê.

Segundo o Dr. José Eduardo, “o simples fato de o cordão estar ao redor do pescoço não significa automaticamente um risco. Em grande parte dos casos, o bebê nasce saudável e sem qualquer consequência.”

Quando pode ser um problema?

Embora o circular de cordão seja geralmente inofensivo, há situações em que pode se tornar preocupante, como quando o cordão é muito curto ou está enrolado várias vezes, causando aperto. Isso pode dificultar a passagem de sangue e oxigênio, especialmente durante o parto.

É por isso que, no trabalho de parto, a equipe médica monitora atentamente a frequência cardíaca fetal. Alterações nesse padrão podem indicar compressão e, nesses casos, condutas como acelerar o parto ou optar pela cesariana podem ser necessárias.

O Dr. José Eduardo reforça: “O pré-natal bem-feito e o acompanhamento durante o parto são fundamentais para identificar qualquer sinal de sofrimento fetal e agir rapidamente.”

Outras condições ligadas ao cordão umbilical

Além do circular de cordão, existem outras alterações que podem acontecer, como:

Nó verdadeiro: quando o cordão realmente forma um nó. Em raros casos, pode apertar e prejudicar o fluxo sanguíneo.


Nó falso: apenas um espessamento que não traz riscos.


Inserção anormal na placenta: como a inserção velamentosa, que pode expor vasos sanguíneos e aumentar o risco de rompimento.


Cordão muito curto ou muito longo: ambos podem gerar complicações durante o parto.


Procidência de cordão: quando o cordão sai pelo canal antes do bebê, necessitando de atendimento de urgência.

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Mãe aplicando técnicas de osteopatia. Foto: @Freepick, disponível em freepik.com

O papel da osteopatia pediátrica

A osteopatia pediátrica não trata diretamente o circular de cordão, mas pode ajudar o bebê após o nascimento. Técnicas manuais suaves podem aliviar tensões geradas pela posição intrauterina ou pelo parto, favorecendo a respiração e o bem-estar.

“O objetivo é auxiliar o bebê a se adaptar melhor ao ambiente externo, garantindo que funções como respiração e sucção aconteçam da forma mais eficiente possível”, explica o Dr. José Eduardo.

O que a gestante pode fazer?

Não há como evitar que o cordão umbilical se enrosque no pescoço, pois isso depende da movimentação natural do bebê. No entanto, algumas atitudes ajudam a garantir a segurança:

  • Realizar todos os exames pré-natais recomendados.
  • Seguir as orientações médicas sobre controle de movimentação fetal.
  • Manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e hidratação adequada.
  • Procurar atendimento imediatamente em casos de diminuição acentuada dos movimentos do bebê.


O Dr. José Eduardo orienta: “A gestante deve estar atenta aos sinais do corpo e manter diálogo constante com seu obstetra. Informação e monitoramento são as melhores estratégias para garantir um parto seguro.”

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Mãe na doce espera do seu bebê. Foto: @Freepick, disponível em freepik.com

Monitoramento e parto seguro

Nos casos em que o circular de cordão é detectado no ultrassom, o acompanhamento pode incluir mais consultas e exames próximos da data prevista para o parto. 

Durante o trabalho de parto, o uso de cardiotocografia contínua ajuda a verificar se há alteração na frequência cardíaca do bebê, indicando possível compressão do cordão.

Se o bebê estiver bem, o parto normal pode acontecer normalmente, mesmo com o cordão no pescoço. Porém, se houver sinais de sofrimento fetal, a equipe médica pode decidir pela cesariana para proteger a saúde do bebê.

Conclusão

O cordão umbilical enrolado no pescoço é uma situação que, embora desperte preocupação, raramente representa risco grave para o bebê quando acompanhado de forma adequada. 

A maioria dos casos evolui para partos tranquilos, especialmente quando há monitoramento pré-natal e atenção durante o trabalho de parto.

O Dr. José Eduardo reforça: “O mais importante é que a gestante mantenha a tranquilidade, siga as orientações médicas e realize todos os exames recomendados. O conhecimento sobre o que é o circular de cordão ajuda a diminuir o medo e a focar no que realmente importa: a segurança e o bem-estar do bebê.”

Com informação, acompanhamento profissional e cuidados contínuos, é possível passar por essa experiência com mais confiança e serenidade, garantindo que a chegada do bebê seja um momento de alegria e não de apreensão.

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