Agosto Dourado: Anticoncepcionais na amamentação. Tudo o que você precisa saber
Escrito por Equipe Genuína Conexão.
Em 31 de julho de 2025 às 17h00 - Atualizado em 31 de julho de 2025 às 18h00
Métodos contraceptivos seguros para mães que estão amamentando
Clique e navegue pelo artigo:
- Métodos anticoncepcionais permitidos na amamentação
- 1. Minipílula (pílula só com progesterona)
- 2. DIU de cobre
- 3. DIU hormonal (levonorgestrel)
- 4. Implante subcutâneo
- 5. Injeção trimestral (medroxiprogesterona)
- 6. Preservativo (camisinha)
- Métodos que devem ser evitados
- Outros métodos não indicados nesse período:
- A amamentação por si só evita gravidez?
- Quando iniciar o uso de anticoncepcional após o parto?
- E se eu engravidar durante a amamentação?
- Outras dúvidas comuns
- Conclusão
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- Métodos anticoncepcionais permitidos na amamentação
- 1. Minipílula (pílula só com progesterona)
- 2. DIU de cobre
- 3. DIU hormonal (levonorgestrel)
- 4. Implante subcutâneo
- 5. Injeção trimestral (medroxiprogesterona)
- 6. Preservativo (camisinha)
- Métodos que devem ser evitados
- Outros métodos não indicados nesse período:
- A amamentação por si só evita gravidez?
- Quando iniciar o uso de anticoncepcional após o parto?
- E se eu engravidar durante a amamentação?
- Outras dúvidas comuns
- Conclusão
Mães que estão amamentando podem, sim, usar anticoncepcionais. Mas nem todos os métodos são indicados nesse período. O pós-parto exige atenção especial ao que se consome, principalmente porque certos hormônios podem interferir na produção de leite ou afetar o bebê.
A escolha do anticoncepcional durante a amamentação deve considerar dois fatores principais: a segurança da mãe e a preservação do aleitamento materno.
No texto, você confere as opções mais seguras, os métodos que devem ser evitados, a relação entre amamentação e fertilidade e outras dúvidas frequentes das mães.
Métodos anticoncepcionais permitidos na amamentação
Durante a amamentação, os anticoncepcionais mais indicados são os não hormonais ou os que contêm apenas progesterona, também chamados de progestagênicos. Eles são eficazes e não interferem na lactação.
1. Minipílula (pílula só com progesterona)
- Pode ser usada a partir de 6 semanas após o parto.
- Deve ser tomada todos os dias no mesmo horário.
- Não altera a produção de leite.
- Menos efeitos colaterais em comparação à pílula combinada.
- Exige regularidade para manter a eficácia.
2. DIU de cobre
- Livre de hormônios.
- Pode ser inserido logo após o parto ou em consulta de revisão.
- Não interfere na amamentação.
- Dura de 5 a 10 anos.
- Pode aumentar o fluxo menstrual em algumas mulheres.
3. DIU hormonal (levonorgestrel)
- Libera pequenas doses de hormônio localmente.
- Pode ser usado por quem amamenta.
- Diminui o fluxo menstrual.
- Dura de 3 a 5 anos.
- Pouco risco de interferência na lactação.
4. Implante subcutâneo
- Pequeno bastão inserido sob a pele do braço.
- Libera progesterona continuamente.
- Válido por até 3 anos.
- Alta eficácia contraceptiva.
- Seguro para mulheres que amamentam.
5. Injeção trimestral (medroxiprogesterona)
- Aplicada a cada 3 meses.
- Também é à base de progesterona.
- Recomendável a partir de 6 semanas pós-parto.
- Pode alterar o ciclo menstrual ou causar ausência de menstruação.
6. Preservativo (camisinha)
- Método de barreira, sem hormônios.
- Pode ser usado desde o início da retomada da vida sexual.
- Evita gravidez e também doenças sexualmente transmissíveis.
Métodos que devem ser evitados
O anticoncepcional combinado, que contém estrogênio e progesterona, não é indicado nos primeiros meses da amamentação. Isso porque:
- O estrogênio pode reduzir a produção de leite.
- Aumenta o risco de trombose, especialmente nas primeiras 6 semanas após o parto.
- Só é liberado para mulheres que não estão mais amamentando exclusivamente e após liberação médica.
Outros métodos não indicados nesse período:
- Anel vaginal hormonal.
- Adesivo transdérmico com estrogênio.
- Pílula do dia seguinte com estrogênio (em casos emergenciais, há opções seguras, mas com orientação).
A amamentação por si só evita gravidez?
A chamada LAM (Método da Amenorreia Lactacional) pode, sim, oferecer proteção nos primeiros meses. Mas é importante entender suas condições:
- O bebê deve ter menos de 6 meses.
- A mãe não pode ter voltado a menstruar.
- A amamentação deve ser exclusiva e em livre demanda, inclusive à noite.
Se essas condições forem atendidas, a LAM tem até 98% de eficácia. No entanto, basta uma mudança (introdução de fórmula, intervalo longo entre mamadas, volta da menstruação) para o risco de gravidez aumentar. Por isso, o uso de um método contraceptivo confiável é recomendado.
Quando iniciar o uso de anticoncepcional após o parto?
- O tempo certo depende do método e da condição de saúde da mãe:
- Pílula de progesterona: a partir de 6 semanas.
- Implante subcutâneo: geralmente entre 4 a 6 semanas.
- DIU de cobre ou hormonal: pode ser inserido logo após o parto ou na consulta pós-natal.
- Injeção trimestral: indicada após 6 semanas.
- Camisinha: pode ser usada assim que houver retomada da atividade sexual.
E se eu engravidar durante a amamentação?
Amamentar não impede uma nova gravidez. Caso isso aconteça, a amamentação pode continuar normalmente, desde que não haja sangramentos ou outras intercorrências. No entanto, cada caso deve ser avaliado com o obstetra.
Outras dúvidas comuns
1. A pílula do dia seguinte pode ser usada durante a amamentação?
Sim, mas o ideal é usar a versão com levonorgestrel, que é menos agressiva. Ainda assim, só em casos emergenciais, e com acompanhamento médico.
2. Posso usar anticoncepcional natural ou fitoterápico?
Não há comprovação científica da eficácia desses métodos. Eles não são recomendados como método seguro no puerpério.
3. O uso do anticoncepcional influencia o comportamento do bebê?
Em geral, não. Mas qualquer mudança percebida após o início do método (como alteração no sono ou irritabilidade) deve ser comunicada ao pediatra.
Conclusão
A amamentação é um período que exige cuidados específicos, inclusive na escolha do anticoncepcional. Existem métodos eficazes e seguros para quem amamenta, mas a escolha deve ser feita com orientação profissional, considerando o histórico de saúde da mãe e o desejo reprodutivo futuro.
Com acompanhamento adequado, é possível prevenir uma nova gravidez sem prejudicar o aleitamento materno — e sem comprometer o bem-estar do bebê.
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