Quanto Tempo o Recém-Nascido Mama? Especialista Explica o Ideal

Em 01 de setembro de 2025 às 21h15

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Aprenda com a Dra. Renata Giacometti a identificar se o bebê está mamando o suficiente e de forma eficiente


A amamentação é um momento fundamental para o desenvolvimento físico e emocional do bebê. Porém, muitas mães se preocupam com a duração de cada mamada: “Será que ele está mamando o suficiente?”, “Quanto tempo devo deixá-lo no seio?” 

Essas dúvidas são normais e frequentes, principalmente para as mães de primeira viagem. A Dra. Renata Giacometti, pediatra especializada em nutrição infantil, reforça que não existe um tempo fixo para todas as crianças, pois cada bebê tem seu ritmo. 

O mais importante é garantir que ele receba leite suficiente e esteja confortável durante a amamentação. Entenda nesse artigo como funciona o desenvolvimento infantil e a amamentação.

Duração Média das Mamadas


Nos primeiros dias de vida, as mamadas podem variar bastante. É comum que recém-nascidos mamem de 15 a 45 minutos por seio, dependendo da eficiência da sucção, da força do bebê e do volume de leite produzido. 

Bebês prematuros ou com menor reflexo de sucção podem demorar mais tempo, enquanto outros mais eficientes podem mamar em 10 a 15 minutos apenas.

Com o passar das semanas, a tendência é que a duração diminua. A Dra. Renata explica que, à medida que o bebê aprende a sugar de forma mais eficaz, ele consegue extrair mais leite em menos tempo. 

Por isso, a atenção não deve estar apenas no relógio, mas também nos sinais de que ele está recebendo leite suficiente.

Frequência das Mamadas


Recém-nascidos geralmente precisam mamar de 8 a 12 vezes em 24 horas, o que equivale a uma mamada a cada 2 ou 3 horas, inclusive durante a noite. Esse ritmo garante:

Estímulo da produção de leite: O corpo da mãe ajusta a quantidade de leite conforme a demanda do bebê.


Hidratação adequada: O leite materno é suficiente para manter o bebê hidratado nos primeiros meses.


Ganho de peso saudável: O aumento de peso nos primeiros meses é um indicador de que o bebê está recebendo leite suficiente.


É importante destacar que, durante períodos de crescimento acelerado – conhecidos como spikes de crescimento – o bebê pode mamar com mais frequência, por curtos períodos ou em sessões longas. Esse comportamento, chamado de cluster feeding, é normal e contribui para aumentar a produção de leite materno.

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Bebê chorando com fome e a mãe se preparando para amamentar. Foto: @Freepik, disponível em freepik.com

Sinais de Fome e Saciedade


A Dra. Renata Giacometti enfatiza que, mais do que a duração ou o número de mamadas, os pais devem observar os sinais de fome e saciedade do bebê.

Sinais de fome podem incluir:

  • Choro ou inquietação;
  • Movimentos de busca pelo peito (reflexo de procura);
  • Colocar as mãos na boca ou movimentar a cabeça procurando o mamilo.


Sinais de saciedade incluem:

  • Relaxamento do corpo;
  • Soltar o seio espontaneamente;
  • Parar de sugar de forma eficiente;
  • Ficar tranquilo ou adormecer.


Respeitar esses sinais evita que o bebê fique frustrado ou engasgue, além de ajudar a mãe a manter uma rotina de amamentação mais confortável.

Estratégias para Uma Amamentação Mais Eficiente

Para garantir que o bebê esteja mamando corretamente e recebendo leite suficiente, a Dra. Renata recomenda:

Alternar os seios: Permitir que o bebê esvazie completamente um seio antes de oferecer o outro ajuda a garantir que ele receba tanto o leite inicial quanto o mais calórico do final da mamada.


Garantir uma boa pega: A boca do bebê deve abocanhar o mamilo e parte da aréola, cobrindo o menor desconforto para a mãe e extraindo leite adequadamente.


Evitar interrupções: Um ambiente tranquilo e silencioso favorece que o bebê se concentre na mamada.


Observar padrões individuais: Cada bebê tem seu ritmo, e comparar com outros não é necessário nem saudável.


Registrar mamadas: Um diário pode ajudar a perceber padrões e identificar se o bebê está saciado e ganhando peso de forma adequada.

Mamadas Noturnas e Crescimento

Nos primeiros meses, as mamadas noturnas são essenciais, pois além de fornecer alimento, ajudam a manter a produção de leite. A Dra. Renata reforça que acordar o bebê durante a noite para mamar é normal nos primeiros dois meses e, em alguns casos, até os seis meses, especialmente se o bebê estiver em fase de crescimento rápido.

Quando Procurar Ajuda

É importante buscar orientação profissional caso haja:

Dificuldade de sucção ou dor intensa para a mãe;

  • Ganho de peso abaixo do esperado;
  • Mamadas muito longas e ineficientes;
  • Sinais de desidratação, como fraldas secas por longos períodos.


A pediatra pode avaliar a amamentação, oferecer técnicas de posicionamento, e indicar se há necessidade de acompanhamento com um consultor em amamentação.

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Mãe amamentando o bebê e aquecendo com o calor do corpo. Foto: @Freepik, disponível em freepik.com

Conclusão

A duração e a frequência das mamadas variam de bebê para bebê, e não existe um tempo “ideal” que sirva para todos. O essencial é observar os sinais de fome e saciedade, garantir que o bebê esteja recebendo leite suficiente e manter acompanhamento regular com o pediatra.

Com atenção, paciência e informações confiáveis, a amamentação torna-se um momento de vínculo e crescimento saudável para mãe e filho.

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