Como identificar APLV em Bebê que Mama Leite Materno?

Em 25 de agosto de 2025 às 21h13

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Dra. Renata Giacometti explica os sinais de alergia à proteína do leite de vaca em bebês

Acredite, a alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) é uma das alergias alimentares mais comuns em bebês, inclusive naqueles que mamam exclusivamente no peito.

Apesar do leite materno ser o alimento mais indicado, pequenas proteínas do leite de vaca consumidas pela mãe podem passar para o bebê e desencadear reações. 

É importante destacar que cada caso é único e que qualquer suspeita de APLV deve sempre ser investigada por um pediatra.

Neste artigo, com a orientação da Dra. Renata Giacometti, você vai descobrir quais os sinais da alergia, suas consequências e como garantir o bem-estar e desenvolvimento da criança. 

O que é APLV e por que acontece?

A APLV ocorre quando o sistema imunológico do bebê identifica proteínas do leite de vaca como uma ameaça e reage de forma exagerada. Essa resposta pode gerar sintomas leves ou mais intensos. 

Mesmo bebês que nunca receberam fórmula podem apresentar sinais, já que os fragmentos da proteína chegam até eles pelo leite materno.

A especialista explica que essa não é uma condição rara: estima-se que entre 2% e 3% dos bebês apresentam APLV nos primeiros anos de vida. 

Na maioria dos casos, a alergia tende a desaparecer até a infância, mas o acompanhamento é essencial para garantir nutrição adequada durante esse período.

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Bebê recém-nascido chorando nos braços da mae. Foto: @Freepik, disponível em freepik.com

Sintomas mais comuns de APLV em bebês que mamam no peito


1. Problemas gastrointestinais
Vômitos frequentes, diarreia, cólicas intensas, presença de muco ou sangue nas fezes estão entre os sinais mais observados. Segundo a Dra. Renata é importante diferenciar a APLV de situações comuns como refluxo ou cólica fisiológica, que costumam melhorar espontaneamente com o tempo.

2. Alterações na pele
Manchas vermelhas, urticária e dermatite atópica podem surgir. Esses sintomas aparecem porque a reação alérgica afeta também a pele, não apenas o sistema digestivo.

3. Problemas respiratórios
Chiado no peito, tosse persistente e até dificuldade para respirar podem ser manifestações da alergia. É um alerta importante, principalmente quando os sintomas não estão associados a resfriados.

4. Irritabilidade e choro excessivo
O desconforto causado pela alergia faz com que o bebê chore mais do que o habitual. Pais podem perceber dificuldade para dormir ou inquietação constante.

5. Ganho de peso insuficiente
Em alguns casos, o bebê com APLV não ganha peso adequadamente, já que os sintomas atrapalham a absorção de nutrientes ou reduzem a vontade de mamar.

Diferença entre alergia e intolerância

Um ponto importante, segundo a Dra. Renata, é diferenciar a alergia alimentar da intolerância à lactose. “Na APLV, o sistema imunológico está envolvido, gerando reações que podem ser graves. Já a intolerância está ligada à dificuldade de digerir a lactose, o açúcar natural do leite, causando apenas sintomas digestivos. Essa distinção é fundamental para indicar o tratamento correto”, destaca a especialista. 

Como diferenciar de desconfortos comuns

Muitos pais confundem sintomas de APLV com cólicas ou refluxo, já que alguns sinais são semelhantes. 

O alerta, de acordo com a pediatra, está na intensidade e na persistência dos sintomas: “Se o bebê continua com desconforto mesmo após medidas simples, como mudanças na posição ou massagem para cólica, é importante investigar mais a fundo”, afirma.

O que fazer em caso de suspeita

O diagnóstico da APLV é clínico e deve ser feito por um pediatra, que pode solicitar exames complementares em alguns casos. 

A conduta mais comum é recomendar à mãe a retirada do leite de vaca e derivados da própria alimentação para observar se o bebê melhora.

Durante esse processo, é essencial que a mãe tenha acompanhamento nutricional para garantir que não faltem vitaminas e minerais na sua dieta. 

A Dra. Renata ressalta que suspender grupos alimentares por conta própria pode trazer prejuízos tanto para a mãe quanto para o bebê.

Importância do acompanhamento

Sem tratamento adequado, a APLV pode comprometer o crescimento e a qualidade de vida do bebê. Por isso, o acompanhamento deve ser multidisciplinar, envolvendo pediatra, nutricionista e, quando necessário, alergista. Esse cuidado evita falhas no ganho de peso e garante que a criança se desenvolva de forma saudável.

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Queijos e leites. Foto: @Freepik, disponível em freepik.com.

Suporte para a mãe que amamenta

A adaptação alimentar pode ser desafiadora para a mãe, principalmente quando há a necessidade de excluir leite e derivados da rotina. 

Além do suporte médico, os bancos de leite e grupos de apoio à amamentação podem ser aliados importantes, oferecendo orientações práticas e suporte emocional.

Conclusão

Os sintomas de APLV em bebê que mama leite materno podem variar bastante, indo desde alterações intestinais até problemas respiratórios e de pele. 

O mais importante é observar o padrão e a frequência desses sinais e buscar orientação médica sempre que houver dúvida.

A Dra. Renata Giacometti reforça que cada bebê é único, e apenas o acompanhamento profissional pode confirmar o diagnóstico e indicar o melhor caminho. 

O olhar atento dos pais, aliado à orientação médica, é fundamental para garantir um crescimento saudável e tranquilo para o bebê.


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