Agosto Dourado 2025: A amamentação emagrece ou é Mito? Entenda o que realmente acontece com o corpo no pós-parto

Dra. Renata Giacometti explica como a amamentação pode influenciar na perda de peso, o papel dos hormônios e por que cada corpo reage de forma diferente.

O tema especial do Agosto Dourado de 2025 que preparamos para você, para falar sobre amamentação e maternidade, trata-se de um assunto muito comentado no pós-parto. Eessa é uma das frases que muitas mães escutam: “fica tranquila, amamentar vai fazer você emagrecer rapidinho!”

Mas será que isso é verdade? A resposta não é tão simples. A amamentação pode, sim, ajudar na perda de peso, mas os resultados variam muito de mulher para mulher.

A amamentação aumenta sim o gasto calórico diário, o corpo utiliza entre 500 e 700 calorias por dia apenas para produzir leite, o que pode contribuir para a perda de peso, mas não é a garantia de emagrecimento rápido.

Gasto Calórico: Verdade ou Exagero?

A produção de leite exige energia, e por isso muitas mães relatam sentir mais fome. É uma reação natural do corpo: ele gasta mais, então pede mais combustível. 

Mas se a alimentação for muito calórica, rica em doces e ultraprocessados, esse gasto a mais não será suficiente para gerar perda de peso. Por isso, não basta contar apenas com a amamentação. É preciso equilíbrio.

“Muitas mães esperam emagrecer só amamentando, mas mantêm hábitos alimentares desajustados e um ritmo de vida exaustivo. Isso interfere no metabolismo e no resultado final”, alerta Dra. Renata Giacometti.

O Papel dos Hormônios

A amamentação estimula a produção de oxitocina, o hormônio responsável pela contração do útero. Isso ajuda o corpo a voltar ao estado anterior à gestação com mais rapidez. 

Além disso, a prolactina, que regula a produção de leite, também tem efeitos sobre o metabolismo. Esses hormônios, juntos, ajudam na recuperação pós-parto. Mas, novamente, isso não significa que toda mulher vai emagrecer apenas por amamentar.

Por Que Algumas Mães Não Emagrecem?

É comum ouvir relatos como “minha amiga secou amamentando e eu continuo com o mesmo peso”. Isso acontece por uma série de fatores:

• Fome aumentada e alimentação emocional;
• Sono interrompido, que afeta o metabolismo e aumenta o apetite;
• Pouca atividade física;
• Fatores genéticos e hormonais individuais;
• Uso de medicamentos que dificultam o emagrecimento.

“Não dá para comparar uma experiência com outra. Cada corpo reage de um jeito. E o mais importante no pós-parto é respeitar esse tempo”, reforça a Dra. Renata.

Cuidado com Dietas Restritivas

Mesmo que exista o desejo de emagrecer logo após o parto, fazer dietas rigorosas não é uma boa ideia durante a amamentação. A mãe precisa de energia e nutrientes para se recuperar e para produzir leite com qualidade.

O ideal é manter uma alimentação rica em frutas, legumes, proteínas, cereais integrais e boas fontes de gordura, como abacate e azeite de oliva. Também é essencial beber bastante água.

Atividade Física: Quando e Como Voltar?

Após liberação médica, a prática de exercícios leves pode ser um grande aliado. Caminhadas, alongamentos e treinos funcionais adaptados ao pós-parto ajudam a acelerar o metabolismo, melhoram o humor e favorecem a perda de peso.

E mais: movimentar o corpo alivia o estresse e a ansiedade, o que também influencia positivamente na produção de leite e na saúde emocional da mãe.

Outros Benefícios da Amamentação

Mesmo quando o peso não muda de forma tão rápida, amamentar oferece inúmeros benefícios para a mãe, como:

• Redução do risco de câncer de mama e ovário;
  
  
• Menor chance de desenvolver diabetes tipo 2;
  
  
• Fortalecimento do vínculo afetivo com o bebê;
  
  
• Melhora do bem-estar emocional graças aos hormônios do prazer liberados durante a amamentação.

Saúde Mental e Pressão Estética no Pós-Parto

A pressão para “voltar ao corpo de antes” pode ser cruel com mães que estão em um momento de intensas mudanças físicas e emocionais. Redes sociais, comentários de familiares e comparações com outras mulheres acabam gerando ansiedade, frustração e até quadros de depressão pós-parto.

“A saúde emocional da mãe deve estar em primeiro lugar. O emagrecimento virá como consequência de uma rotina mais equilibrada, e não como obrigação imposta por padrões estéticos”, destaca a Dra. Renata.

É essencial cultivar o autocuidado com gentileza: aceitar as transformações do corpo, pedir ajuda quando necessário e lembrar que cada mulher tem seu tempo de recuperação. O apoio psicológico, seja com profissionais ou em grupos de maternidade, pode fazer toda a diferença nesse processo.

Em Resumo: A Amamentação Emagrece?

Sim, pode ajudar. Mas não é regra. Amamentar aumenta o gasto energético e estimula hormônios que colaboram com a recuperação pós-parto. Porém, a perda de peso depende de diversos fatores, como alimentação, sono, atividade física e genética. O mais importante é adotar hábitos saudáveis, sem cobranças ou pressa.

Conclusão

A amamentação pode, sim, ser uma aliada do emagrecimento — mas não é uma solução mágica. O corpo precisa de tempo, cuidados e acolhimento. Em vez de focar na balança, olhe para o que realmente importa: sua saúde e a do seu bebê.

Se o emagrecimento for uma meta, converse com um profissional de saúde para ajustar a alimentação e a rotina de forma segura. Afinal, cada mãe é única — e cada jornada também.

Um abraço acolhedor da equipe Genuína Conexão! ❤️

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