Gravidez na amamentação: Dra. Renata Giacometti esclarece cuidados e mitos

Em 28 de junho de 2025 às 13h15 - Atualizado em 06 de julho de 2025 às 15h39

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Especialista explica riscos, cuidados e quando interromper

A amamentação durante a gravidez é um tema sensível que gera inseguranças entre as mães. Será que é seguro continuar amamentando o filho mais velho enquanto espera um novo bebê? Será que isso pode trazer riscos para a gestação ou para as crianças? 

Para esclarecer essas questões, chamamos a pediatra Dra. Renata Giacometti, que nos ajudou a separar os mitos das verdades e explicar os cuidados essenciais para essa fase tão especial.

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Mãe amamentando seu filho em um momento de conexão. Foto: @Freepik, disponível em freepik.com.

Mito: A mãe precisa parar de amamentar assim que descobre a gravidez?

Não é verdade que a amamentação precise ser interrompida automaticamente com a descoberta da gravidez. Para muitas mulheres é possível manter a amamentação durante toda a gestação sem riscos, desde que a gravidez seja de baixo risco e acompanhada pelo obstetra.

Na verdade, muitas mães seguem amamentando o filho mais velho durante a gravidez e, depois do nascimento do novo bebê, amamentam ambos. Esse é o chamado aleitamento tandem. “Essa prática pode fortalecer os vínculos familiares e facilitar a adaptação dos irmãos, trazendo benefícios emocionais para todos”, reforça a especialista.

Mito: Amamentar durante a gravidez pode causar aborto ou parto prematuro

Essa é uma preocupação comum, já que a sucção estimula a liberação de ocitocina, hormônio que provoca contrações uterinas. Mas, segundo a Dra. Renata, “em gestações normais, de baixo risco, essas contrações são leves e não causam complicações”.

O problema está nas gestações consideradas de alto risco, como aquelas com histórico de parto prematuro, sangramentos ou outras complicações, onde o estímulo das contrações pode ser perigoso.

Por isso, ela ressalta que a decisão de continuar a amamentar deve ser tomada em conjunto com o obstetra, que avaliará o risco e a saúde da mãe e do bebê.

Mito: A amamentação na gravidez não exige cuidados especiais com a alimentação da mãe

Durante a gravidez, o corpo da mulher já exige mais nutrientes para sustentar o desenvolvimento do bebê. Se a mãe também está amamentando, essa demanda aumenta ainda mais.

É fundamental que a mãe tenha uma alimentação equilibrada, rica em ferro, colina, ômega 3, vitamina D e outros nutrientes essenciais.

Caso a alimentação não seja adequada, podem surgir fadiga, deficiências nutricionais e até impacto na qualidade do leite para o filho mais velho e no desenvolvimento do feto. 

O acompanhamento nutricional e médico é indispensável para garantir que as necessidades de todos sejam atendidas.

Mito: O leite materno não muda durante a gravidez

Com o avanço da gestação, principalmente no segundo e terceiro trimestres, o leite materno passa por mudanças naturais.

“O corpo começa a produzir colostro, que é mais espesso, amarelado e rico em anticorpos, mas contém menos gordura e calorias do que o leite maduro,” explica a Dra. Renata.

Essa mudança pode resultar em uma diminuição da quantidade de leite disponível e alteração no sabor, o que pode causar estranhamento ou rejeição pelo filho mais velho. 

Se a criança já está na fase de introdução alimentar, isso é menos preocupante, mas é importante monitorar o crescimento e o desenvolvimento do bebê que ainda mama.

Mito: A amamentação na gravidez não traz nenhum desafio emocional para a mãe

Amamentar durante a gravidez pode ser uma experiência física e emocionalmente intensa. Muitas mães relatam cansaço, sensibilidade nos seios e preocupações sobre o bem-estar dos filhos.

“É fundamental que a mãe tenha suporte emocional, descanso adequado e ajuda da família para passar por essa fase com mais tranquilidade,” diz a especialista.

Mito: Amamentar na gravidez é sempre recomendado para todas as mulheres

Cada mulher e cada gestação são únicas. A decisão de continuar a amamentar durante a gravidez deve ser individualizada e sempre acompanhada por profissionais de saúde.

Mulheres com condições médicas específicas, gestações de alto risco ou outras complicações podem precisar interromper a amamentação para garantir a segurança.

Cuidados essenciais para a amamentação durante a gravidez

Além de entender os mitos e verdades, Dra. Renata Giacometti destaca alguns cuidados essenciais para quem deseja manter a amamentação na gravidez:

  • Acompanhe sua gestação de perto: faça consultas regulares com seu obstetra para avaliar a saúde do bebê e a segurança da amamentação.

  • Mantenha uma alimentação equilibrada: garanta nutrientes essenciais para suprir a demanda do corpo durante a gravidez e amamentação.

  • Observe seu corpo: sinais de cansaço extremo, dores intensas ou desconforto devem ser comunicados ao médico.

  • Busque apoio emocional: contar com a ajuda da família e profissionais pode tornar essa jornada mais leve.

  • Monitore o filho que mama: observe o ganho de peso, o apetite e o comportamento da criança para garantir que está sendo bem nutrida.

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Mãe acolhendo o filho que abraça sua barriga de grávida. Foto: @Freepik, disponível em freepik.com.

Conclusão

A amamentação durante a gravidez é uma prática possível e segura para muitas mulheres, desde que acompanhada por profissionais e em gestações de baixo risco.

A Dra. Renata Giacometti reforça que “com cuidados adequados e orientação médica, a mãe pode seguir amamentando com tranquilidade, fortalecendo os vínculos familiares e garantindo o bem-estar de todos.”

Desmistificar os mitos é fundamental para que as mães se sintam seguras e confiantes nessa fase. 

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