Dieta para lactante: o que é mito e o que realmente importa na amamentação
Revisão de especialista por Dra. Renata Giacometti, pediatra.
Escrito por Yasmin Caroline.
Em 05 de junho de 2025 às 23h20 - Atualizado em 06 de junho de 2025 às 07h50
A Dra. Renata Giacometti explica como manter uma alimentação saudável durante a amamentação sem cair em armadilhas, mitos e restrições desnecessárias.
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Nesse artigo você encontra:
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- A base da dieta para lactante: equilíbrio e leveza
- O que entra em uma boa dieta para lactante?
- Mitos comuns sobre dieta e amamentação
- E quando o bebê tem refluxo ou alergias?
- E o ferro, doutora?
- Por que buscar orientação profissional faz toda a diferença
- Conclusão
Ei, mamãe! A fase da amamentação traz muitas alegrias, mas também diversas dúvidas — principalmente sobre alimentação.
É comum ouvir conselhos bem-intencionados (mas nem sempre corretos), além de muitos mitos que circulam por aí sobre a chamada dieta para lactante.
Será que tudo o que você come afeta o seu bebê? Existem alimentos proibidos? Será que precisa cortar o feijão? Calma, respira fundo e vem com a gente!
Para te ajudar a navegar por esse mar de informações com segurança, acolhimento e confiança, a pediatra Dra. Renata Giacometti esclarece os principais pontos sobre o que é, de fato, importante nessa fase — e o que você pode simplesmente ignorar.
Afinal, amamentar já é um desafio enorme por si só, e a alimentação da mãe não precisa ser mais uma fonte de estresse. Vamos juntinhos descobrir o caminho mais leve e sem complicações?
A base da dieta para lactante: equilíbrio e leveza
Uma das dúvidas mais frequentes entre as mães é se a alimentação precisa mudar radicalmente após o parto. Segundo a Dra. Renata Giacometti, a resposta é mais simples do que parece:
“A dieta para lactante deve seguir os mesmos princípios de uma alimentação saudável durante a gestação. Não é necessário fazer grandes mudanças se você já mantém hábitos equilibrados”, explica a médica.
Ou seja, nada de receitas mirabolantes ou dietas restritivas. O foco deve estar em manter uma alimentação equilibrada, com variedade de nutrientes, cores no prato e hidratação adequada.
Afinal, o seu corpo ainda está se recuperando do parto e produzindo leite — o gasto energético é alto e exige cuidados com a saúde da mãe também.
O que entra em uma boa dieta para lactante?
- Frutas e vegetais frescos
- Leguminosas como feijão, lentilha e grão-de-bico
- Grãos integrais (arroz integral, aveia, quinoa)
- Fontes de proteína (carnes magras, ovos, leite e derivados, tofu)
- Oleaginosas (castanhas, nozes)
- Fontes saudáveis de gordura, como azeite de oliva e abacate
- Água, muita água!
Evitar alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e gordura saturada, também é importante. Mas isso não significa cortar tudo de uma vez — equilíbrio é a chave.
E sim, você pode comer feijão! Ele é uma excelente fonte de ferro e proteína. Só observe se há algum desconforto no bebê, e fale com o pediatra, caso necessário.
Mitos comuns sobre dieta e amamentação
“Se o bebê tem cólica, é culpa do que comi.”
“Meu leite é fraco porque está mais ralo.”
“Tenho que parar de comer chocolate, feijão, brócolis...”
“Não posso tomar café nem sonhar com um pedaço de pizza.”
Calma! Grande parte desses conselhos vem de experiências individuais, mas não têm base científica.
A maioria dos bebês passa por fases com cólicas e gases, o que é absolutamente normal. E não, o leite não vira água, nem existe leite fraco!
“O leite materno é um alimento completo, e sua composição se adapta às necessidades do bebê. Ele contém tudo que o pequeno precisa para crescer e se desenvolver”, reforça a Dra. Renata Giacometti.
Restrição alimentar só é necessária em casos específicos, como alergia à proteína do leite de vaca (APLV), por exemplo. Fora isso, você está liberada para comer de tudo — com moderação, como qualquer adulto saudável.
E quando o bebê tem refluxo ou alergias?
Se o seu bebê foi diagnosticado com refluxo ou APLV, aí sim a dieta para lactante pode precisar de ajustes. Nestes casos, um acompanhamento profissional é indispensável.
Refluxo: nem sempre tem relação direta com a alimentação da mãe, mas em alguns casos pode haver melhora com pequenas mudanças, como evitar alimentos muito condimentados ou ácidos.
APLV: é necessário excluir todos os derivados do leite de vaca da alimentação da mãe. Isso inclui leite, queijos, iogurtes, manteiga e alimentos industrializados que contenham caseína, lactose ou soro de leite.
Mas atenção: qualquer alteração na sua alimentação precisa ser feita com orientação profissional. Nada de cortar tudo sozinha, ok?
E o ferro, doutora?
Outro ponto que gera insegurança é a questão do ferro. Muitas mães se preocupam se o leite materno interfere na absorção do nutriente — mas isso é mais um mito.
Se o pediatra recomendar suplemento de ferro (para o bebê ou para a mãe), a amamentação pode continuar normalmente.
Por que buscar orientação profissional faz toda a diferença
Cada mãe é única, e cada bebê também. Por isso, o ideal é contar com acompanhamento individualizado — seja com um pediatra, uma nutricionista materno-infantil ou ambos.
Eles podem avaliar suas necessidades específicas, possíveis sensibilidades do bebê e propor uma dieta para lactante que respeite seu estilo de vida, suas preferências e a realidade da sua família.
Uma alimentação equilibrada impacta diretamente no bem-estar físico e emocional da mãe, algo essencial neste período tão intenso e transformador.
Conclusão
A amamentação já é uma jornada cheia de descobertas — e a sua alimentação não precisa ser mais uma fonte de culpa ou confusão.
A melhor dieta para lactante é aquela que te nutre, te satisfaz e te deixa bem para cuidar do seu bebê com energia e serenidade.
Alimente-se bem, com consciência e prazer. Escute seu corpo, observe o seu bebê e confie nas orientações do seu pediatra.
E quando bater aquela dúvida ou culpa (porque sim, às vezes bate), lembre-se: seu leite é suficiente, seu corpo sabe o que fazer, e você está fazendo um trabalho incrível.
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Um abraço carinhoso da equipe Genuína Conexão! ♥
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