Diferença entre Gases e Cólica no Bebê: como identificar e aliviar os desconfortos

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Escrito por Yasmin Caroline.

Em 11 de agosto de 2025 às 22h05

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Especialistas explicam os sinais, causas e cuidados para cada situação

Apesar de parecidos, esses dois quadros têm causas e características diferentes, e saber distingui-los é essencial para aliviar o sofrimento do bebê e tranquilizar os pais.

Segundo o osteopata pediátrico Dr. José Eduardo, entender a origem do choro é o primeiro passo para oferecer um cuidado mais eficaz. “Gases e cólicas podem se manifestar de formas semelhantes, mas o padrão, a intensidade e o tipo de reação do bebê ajudam a diferenciar”, afirma.

Os gases são causados, principalmente, pela ingestão de ar durante a mamada ou pela imaturidade do sistema digestivo. 

Já a cólica tem uma origem multifatorial, que pode envolver a digestão do leite, imaturidade intestinal, fatores emocionais e até o ambiente ao redor.

Veja os sinais mais comuns de cada um:

Gases:

  • O bebê costuma se contorcer, puxar as perninhas em direção à barriga e depois esticá-las.
  • A barriga pode parecer inchada e dura.
  • O desconforto surge logo após a mamada.
  • O bebê pode soltar gases, com alívio imediato.
  • O choro é mais leve e consolável, não costuma durar muito tempo.


De acordo com o Dr. José Eduardo, o choro relacionado a gases costuma ser mais fácil de aliviar com massagem, colo, arrotos ou mudanças de posição. Ele orienta os pais a observarem o comportamento do bebê durante e após a alimentação.

Cólica:

  • O choro é alto, intenso, inconsolável e segue um padrão: geralmente aparece no fim da tarde ou à noite.
  • O bebê pode arquear o corpo, fechar os punhos e ficar com o rosto avermelhado.
  • As crises costumam durar mais de uma hora.
  • A liberação de gases ou fezes pode não aliviar o quadro.


Segundo o especialista, a cólica envolve fatores internos e emocionais. “Nem sempre conseguimos apontar uma causa única. Por isso, é importante acolher o bebê com calma e testar abordagens que tragam conforto naquele momento”, orienta.

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Bebê recém-nascido chorando. Foto: @Freepick, disponível em freepik.com

O que fazer para melhorar a cólica no bebê?

Embora a cólica seja comum, especialmente nos primeiros três meses de vida, algumas medidas simples podem fazer diferença:

Movimento suave: Balançar o bebê no colo, usar o sling ou caminhar com ele ajuda a relaxar o corpo e aliviar a dor.


Contato pele a pele: Proporciona segurança e conforto emocional.


Massagem abdominal: Movimentos circulares no sentido horário ajudam a liberar gases e aliviar a pressão.


Posição “aviãozinho”: De bruços sobre o antebraço ou sobre as pernas dos pais pode ajudar a liberar o desconforto.


Evitar superalimentação: Oferecer o peito em intervalos regulares evita sobrecarga no sistema digestivo.


Arrotar após cada mamada: Essencial para evitar acúmulo de ar.


Consultar o pediatra: Caso as crises sejam intensas ou muito frequentes, é importante descartar outras causas e receber orientações personalizadas.


O Dr. José Eduardo reforça que a rotina da família pode impactar o bebê. “Ambientes barulhentos, estresse dos cuidadores e até estímulos em excesso podem agravar as crises de cólica. Criar um ambiente tranquilo faz parte do cuidado”, explica.

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Momento de conexão de mãe e filho. Foto: @Freepick, disponível em freepik.com

E para os gases, o que funciona?

Os gases costumam ser mais fáceis de manejar. Veja algumas estratégias recomendadas:

Estimular o arroto: Durante e após as mamadas, coloque o bebê em posição vertical e aguarde o arroto.


Massagem leve na barriga: Ajuda a movimentar os gases e aliviar a pressão.


Exercício com as perninhas: Deite o bebê de costas e faça movimentos de “bicicleta” com as pernas.


Posição vertical: Mantenha o bebê ereto por 20 a 30 minutos após mamar.


Corrigir a pega: Verifique se a amamentação está sendo feita com a pega correta para evitar a ingestão de ar.


Evitar bicos inadequados: Se o bebê usa mamadeira, escolha bicos com fluxo adequado para a idade.


O especialista destaca que, muitas vezes, os gases são resultado de pequenas falhas na alimentação. “A correção da pega, o tempo de mamada e até a postura do bebê podem fazer diferença no volume de ar ingerido”, afirma o Dr. José Eduardo.

Alimentação da mãe pode influenciar?

Se o bebê mama exclusivamente no peito, é importante observar se certos alimentos consumidos pela mãe podem causar desconforto. Embora não exista uma lista única, laticínios, feijão, brócolis, couve-flor, chocolate e cafeína estão entre os mais citados.

A pediatra Dra. Renata Giacometti recomenda que a mãe observe a reação do bebê após consumir certos alimentos. “Não é necessário restringir tudo, mas identificar padrões ajuda a evitar desconfortos”, explica.

Nos casos de introdução alimentar (após os 6 meses), o mesmo cuidado se aplica aos alimentos que o próprio bebê consome.

Quando procurar ajuda?

Nem sempre os pais conseguirão resolver esses desconfortos em casa — e tudo bem. O Dr. José Eduardo orienta a buscar o pediatra se:

  • O bebê chora de forma intensa por mais de 3 horas, em vários dias da semana.
  • Há recusa em mamar ou perda de peso.
  • O choro é acompanhado de febre, vômitos ou outros sinais incomuns.
  • As crises de gases ou cólica persistem mesmo com os cuidados recomendados.


Além da avaliação médica, a osteopatia pediátrica pode ser uma aliada no cuidado com bebês que sofrem com cólicas ou desconfortos digestivos recorrentes. Essa abordagem é segura, não invasiva e tem como objetivo reequilibrar o corpo do bebê de forma natural, ajudando a melhorar o funcionamento do sistema digestivo e a qualidade do sono.

Conclusão

A diferença entre gases e cólicas no bebê pode parecer sutil, mas entender os sinais de cada um ajuda os pais a oferecerem o alívio correto. Enquanto os gases estão frequentemente relacionados à alimentação e são mais pontuais, as cólicas têm padrões definidos e envolvem episódios mais intensos de choro.

Com as orientações do Dr. José Eduardo e da Dra. Renata Giacometti, é possível adotar práticas que aliviam o desconforto e garanta mais bem-estar para o bebê, além da tranquilidade para os pais. 

Observar, acolher e buscar ajuda profissional quando necessário são atitudes que fazem toda a diferença nessa fase tão delicada e cheia de descobertas.

Um abraço carinhoso da equipe Genuína Conexão! ♥

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