Os Impactos das Telas em Bebês: Porque Não Expor e o Que Fazer

Ícone time de especialistas da Genuína Conexão Revisão de especialista por , osteopata pediátrico.

Escrito por Yasmin Caroline.

Em 29 de abril de 2025 às 21h36 - Atualizado em 30 de abril de 2025 às 08h06

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Imagem principal para o artigo Porque Não Expor Bebês a Telas é Crucial para o Futuro Deles da Genuína Conexão

Saiba porque não expor bebês a telas é crucial para seu desenvolvimento motor, cognitivo e emocional. Descubra os riscos e o que diz a ciência sobre o tema.

Porque não expor os bebês às telas é uma pergunta que muitos pais modernos fazem diante da rotina agitada e da onipresença da tecnologia. 

Com celulares, tablets e televisões sempre por perto, é natural surgir a dúvida: será que um pouquinho de tempo de tela pode fazer mal? A resposta, segundo especialistas, é sim — e os motivos vão muito além do que se imagina.

Neste artigo, com orientações do Osteopata Pediátrico Dr. José Eduardo, vamos explicar porque não expor os bebês às telas pode ser uma das decisões mais importantes para o desenvolvimento saudável do seu filho. 

A ideia não é gerar culpa, mas oferecer conhecimento baseado em evidências e carinho, para que pais e mães façam escolhas mais conscientes e afetuosas.

Telas na primeira infância: o que diz a ciência?

Os primeiros anos de vida são o período mais intenso de desenvolvimento neurológico. É quando o cérebro do bebê está em plena construção — como uma casa sendo levantada do zero. Cada estímulo conta, cada interação molda essa estrutura.

É por isso que diversas entidades, como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), são unânimes em recomendar: bebês menores de dois anos não devem ter contato com telas, exceto em chamadas de vídeo com familiares.

O Dr. José Eduardo reforça que o bebê precisa explorar o mundo real com os próprios sentidos. A tela não tem cheiro, não tem textura, não responde ao toque com afeto. Tudo o que é essencial ao desenvolvimento motor, cognitivo e emocional simplesmente não está presente na tela.

Conheça os impactos no desenvolvimento motor

  • Redução da movimentação espontânea;

  • Menos tempo para engatinhar, explorar e experimentar objetos;

  • Comprometimento da coordenação motora fina e ampla;

  • Posturas inadequadas que podem gerar assimetrias e tensões no corpo do bebê.


O tempo que o bebê passa diante de uma tela é, automaticamente, um tempo a menos de interação com o ambiente físico. 

Isso pode atrapalhar não só o desenvolvimento dos músculos, mas também a integração sensorial — algo fundamental para o equilíbrio e a consciência corporal.

Comprometimento Cognitivo e da Linguagem


Quando nos perguntamos porque não expor bebês às telas, esse ponto é crucial. A linguagem não nasce sozinha — ela precisa de troca, de contato olho no olho, de escuta e resposta.

O bebê aprende a falar observando a boca dos adultos, ouvindo palavras repetidas com afeto, sentindo o impacto das suas vocalizações nas reações de quem cuida dele. Nada disso acontece diante de uma tela.

A seguir, alguns impactos que merecem atenção:

  • O bebê perde oportunidades de escuta ativa e de construção real da linguagem;

  • As imagens aceleradas podem desregular a atenção e dificultar o foco;

  • A capacidade de desenvolver raciocínio lógico e resolver problemas simples também pode ser prejudicada, já que esses aprendizados vêm da experiência direta com o mundo ao redor, e não de estímulos prontos e passivos.

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Criança irritada vendo vídeos no tablet. Foto: @freepik, disponível em freepik.com

Prejuízos para o Desenvolvimento Social e Emocional

Porque não expor os bebês às telas é uma reflexão essencial quando pensamos na construção dos vínculos e das emoções.

Nos primeiros meses e anos de vida, o bebê depende do olhar, do toque, da voz e da presença dos adultos para entender o mundo e se sentir seguro.

Segundo o Dr. José Eduardo, “o contato humano é insubstituível na formação emocional dos pequenos”. 

E isso faz todo o sentido: é no colo, nas trocas de afeto, no sorriso retribuído e na atenção dos cuidadores que o bebê começa a construir sua identidade emocional.

Quando há exposição excessiva às telas, esse processo pode ser prejudicado de várias maneiras:

  • Redução nas interações afetivas com os cuidadores: menos olho no olho, menos conversa, menos trocas reais;

  • Dificuldade em reconhecer e interpretar emoções humanas: o bebê precisa de rostos humanos para aprender o que é um sorriso, um olhar de cuidado ou uma expressão de tristeza;

  • Atraso na construção de vínculos seguros: sem as respostas emocionais consistentes dos adultos, o bebê pode ter mais dificuldade em desenvolver segurança e confiança nas relações.


No fim das contas, o que o bebê mais precisa é de presença — de ser olhado, acolhido e compreendido. E isso, nenhuma tela consegue oferecer.

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Bebê sendo exposto à tela precocemente. Foto: @freepik, disponível em freepik.com

Porque não expor bebês a telas: riscos a longo prazo

Além dos prejuízos imediatos, estudos têm demonstrado consequências duradouras da exposição precoce às telas:

Distúrbios de sono: a luz azul das telas inibe a produção de melatonina, dificultando o sono reparador;


Maior risco de obesidade: menos movimento e mais sedentarismo desde a primeira infância;


Problemas de visão: esforço ocular precoce e prolongado pode levar à miopia;


Dificuldades de atenção: o cérebro se acostuma a estímulos rápidos e perde a capacidade de focar em tarefas lentas e mais elaboradas;


Atrasos no desenvolvimento global: estudos correlacionam excesso de tela com atrasos em diversas áreas — desde o aprendizado da fala até a regulação emocional.


Esses impactos reforçam ainda mais a importância da pergunta: porque não expor bebês às telas? Porque a infância é uma fase insubstituível, onde tudo o que é vivido fica registrado no corpo, no cérebro e no coração.

O que fazer no lugar das telas?

Se você está se perguntando como entreter seu bebê sem recorrer às telas, aqui vão algumas ideias simples, mas incrivelmente eficazes:

  1. Brincar de esconder o rosto com um pano (cadê? achou!);

  2. Oferecer brinquedos sensoriais, como chocalhos e mordedores de diferentes texturas;

  3. Ler livros com imagens grandes e coloridas;

  4. Ouvir músicas calmas e cantar junto;

  5. Fazer passeios ao ar livre, mesmo que seja só no quintal ou na calçada;

  6. Imitar sons de animais;

  7. Deixar o bebê brincar com potes plásticos ou colheres de madeira (com supervisão, claro!).

  8. A presença amorosa dos pais e cuidadores é o maior estímulo que um bebê pode ter.

Recomendações do Dr. José Eduardo

O Dr. José Eduardo, osteopata com ampla experiência no atendimento de bebês, é categórico: “as telas não têm nenhum benefício comprovado na primeira infância. O que o bebê precisa é de toque, de voz, de presença. O excesso de estímulos artificiais desorganiza o sistema nervoso imaturo e pode ter reflexos por toda a infância”.

Ele orienta que, sempre que possível, o ambiente seja tranquilo, com estímulos naturais e previsíveis. Um bebê precisa de rotina, aconchego e experiências reais para se desenvolver de forma saudável.

Conclusão

Ao longo deste texto, ficou claro porque não expor os bebês às telas é uma atitude de cuidado e proteção.

Mais do que seguir uma regra, trata-se de entender o que realmente nutre o desenvolvimento do seu filho. O mundo real, com todas as suas cores, cheiros, sons e toques, é insubstituível.

Se houver dúvidas ou desafios na rotina — como a necessidade de conciliar trabalho com o cuidado do bebê —, busque apoio. 

Converse com o pediatra, com terapeutas ocupacionais, com profissionais como o Dr. José Eduardo, que podem orientar caminhos mais saudáveis e equilibrados.

Evitar as telas nos primeiros anos não significa privar seu bebê de diversão, mas sim oferecer a ele o que há de mais rico: o mundo ao seu redor e, principalmente, a sua presença.

Um abraço carinhoso da equipe Genuína Conexão. ♥

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