Travesseiro para corrigir a cabeça do bebê: Tudo que você precisa saber

Ícone time de especialistas da Genuína Conexão Revisão de especialista por , osteopata pediátrico.

Escrito por Yasmin Caroline.

Em 10 de junho de 2025 às 21h38

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Com base na experiência do Dr. José Eduardo, este guia esclarece as dúvidas mais comuns dos pais sobre o tema.

A preocupação com a saúde e o desenvolvimento dos bebês é uma constante na vida dos pais. Uma das dúvidas que costuma surgir — e que gera muita insegurança — tem a ver com o formato da cabecinha do bebê.

Notar algum grau de achatamento ou assimetria pode ser angustiante, e é nesse momento que muita gente começa a pesquisar sobre o tal travesseiro para corrigir a cabeça do bebê.

 Mas será que essa é mesmo uma boa solução? Ou será que há formas mais seguras e eficazes de lidar com a chamada plagiocefalia posicional?

Neste artigo, elaborado com base nas orientações do osteopata pediátrico Dr. José Eduardo, vamos esclarecer o que realmente funciona para ajudar na correção da assimetria craniana.

Vamos falar sobre segurança no sono, técnicas de posicionamento e alternativas de tratamento que respeitam o tempo e o bem-estar do bebê. Então apertem os cintos e vamos para mais um guia completo!


Posso usar travesseiro para corrigir a cabeça do bebê?


Essa é uma pergunta bastante comum nos consultórios: afinal, o travesseiro para corrigir a cabeça do bebê pode ou não ser usado com segurança e eficácia?

 A resposta, segundo o osteopata pediátrico Dr. José Eduardo, é direta:

“O travesseiro para corrigir a cabeça do bebê não é indicado. Ele não tem efeito real sobre a assimetria e ainda pode colocar a segurança do bebê em risco durante o sono”, alerta o especialista.

O uso de travesseiros no berço contraria as orientações da Academia Americana de Pediatria, que recomenda que o ambiente de sono seja o mais simples possível: apenas o bebê e a roupinha que ele estiver usando.
 Isso porque qualquer item solto, como mantas, protetores ou travesseiros, pode aumentar o risco de morte súbita infantil (SMSI).

Além disso, o formato do crânio do bebê está em constante desenvolvimento nos primeiros meses de vida. Muitas assimetrias leves tendem a melhorar com o tempo, especialmente se houver atenção aos posicionamentos e estímulos adequados.

“Grande parte das assimetrias melhora de forma espontânea graças à ação dos músculos envolvidos na deglutição, nos movimentos oculares e na rotação da cabeça. Mas essa melhora não é garantida se os pais não estiverem atentos. A intervenção precoce faz toda a diferença”, Dr. José Eduardo conclui.

Imagem bebe dormindo com travesseiro chupeta e ursinho
Bebê dormindo em uma posição incorreta.

Como posicionar o bebê com plagiocefalia


Embora o travesseiro para corrigir a cabeça do bebê não seja recomendado, há várias estratégias eficazes que podem ajudar — e o posicionamento é uma das mais importantes.

A plagiocefalia posicional costuma surgir porque o bebê tem preferência por deixar a cabecinha virada para um lado só.

Com o tempo, essa preferência pode causar um achatamento visível. Mas com algumas mudanças simples na rotina, é possível ajudar o bebê a desenvolver força muscular e variar mais os movimentos.

Aqui vão algumas orientações práticas:

Tummy Time (tempo de bruços): deixe o bebê de bruços por alguns minutinhos, várias vezes ao dia, sempre sob supervisão. Isso fortalece o pescoço, os ombros e alivia a pressão da parte de trás da cabeça.


Alterne o lado das mamadas: segure o bebê de formas diferentes a cada mamada, estimulando-o a virar a cabeça para os dois lados.


Troque a posição no berço: vire o bebê no berço de modo que ele olhe naturalmente para o lado oposto, observando o ambiente ou a porta do quarto.


Use brinquedos e estímulos visuais: posicione objetos de interesse no lado menos favorecido, incentivando o bebê a virar a cabecinha.


Variação durante o colo: segure o bebê em diferentes posições ao longo do dia, evitando que ele passe muitas horas na mesma postura.


E vale repetir: nada de travesseiro para corrigir a cabeça do bebê dentro do berço.
 Por mais tentador que seja buscar uma solução rápida, a segurança do seu pequeno vem sempre em primeiro lugar.

Quando procurar ajuda e o que mais pode ser feito

O ideal é que qualquer assimetria craniana seja percebida e avaliada logo nos primeiros meses — de preferência antes dos 3 meses de idade.
 Quanto mais cedo se inicia o acompanhamento, maiores são as chances de reversão.

Nesses casos, contar com um profissional especializado faz toda a diferença.
 Um osteopata pediátrico, como o Dr. José Eduardo, é uma das indicações para realizar uma avaliação cuidadosa e propor técnicas manuais suaves, que ajudam a aliviar tensões musculares e contribuem para o equilíbrio da estrutura craniana e cervical do bebê.

“A osteopatia pediátrica é uma aliada importante porque respeita o ritmo do bebê e atua de forma não invasiva. Muitas vezes, apenas com algumas sessões e o reposicionamento correto, conseguimos ótimos resultados”, explica o Dr. José Eduardo.

Além da osteopatia, o acompanhamento pode incluir fisioterapia, dependendo da avaliação individual.
 E, nos casos mais severos, pode-se indicar o uso de órteses cranianas — os famosos capacetes ortopédicos.
 Eles não causam dor e ajudam a moldar a cabeça do bebê de forma gradual e segura.

É importante destacar que o capacete só é indicado em situações específicas e sempre com orientação médica.
 E, mesmo nesses casos, ele não substitui as práticas de posicionamento e os estímulos adequados no dia a dia.

O travesseiro para corrigir a cabeça do bebê: por que ele ainda é tão buscado?


Apesar das recomendações contrárias, o travesseiro para corrigir a cabeça do bebê ainda é um item bastante buscado por pais nas redes sociais e em lojas de artigos infantis (infelizmente).

Isso acontece, em parte, pela estética dos produtos — que muitas vezes prometem conforto e prevenção contra o achatamento.

Mas o mais importante é saber que aparência e marketing não substituem a ciência.
 O que funciona, de verdade, é o cuidado diário, o posicionamento consciente e o acompanhamento profissional.

Se você está pensando em comprar um travesseiro para corrigir a cabeça do bebê, vale a pena conversar com um especialista de confiança antes.
 A boa intenção dos pais nunca está em dúvida, mas ter acesso à informação correta é o que faz toda a diferença.

Conclusão: o que os pais precisam saber


Em resumo, o travesseiro para corrigir a cabeça do bebê não é indicado e pode inclusive colocar em risco a segurança do sono.

O que realmente ajuda a corrigir a plagiocefalia é o reposicionamento consciente, o tempo de bruços, e o acompanhamento precoce com profissionais como fisioterapeutas, osteopatas pediátricos ou neuropediatras.

Com amor, atenção e as orientações certas, é totalmente possível contribuir para o bom desenvolvimento da cabecinha do seu bebê — sem precisar recorrer a soluções milagrosas (e perigosas).

Compartilhe esse conteúdo com outros papais e mamães que possam estar passando pela mesma dúvida.
 Informação segura, acessível e com afeto é sempre o melhor travesseiro para o coração de quem cuida.
 Um abraço carinhoso da equipe Genuína Conexão! ♥


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